Seguidores

quarta-feira, 1 de junho de 2016

QUEM LEMBRA??? ALFABETIZAÇÃO ATRAVÉS DE BRINCADEIRAS, JOGOS PSICOMOTRICIDADE, MOTRICIDADE e LATERALIDADE

APRESENTAÇÃO




          Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens (...). Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave (...) ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.                                                                                     
                                                           (HERMANN  HESSE)


                         ________ /// ________



          Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais.
          O chão foi o meu quadro negro; gravetos, o meu giz.

PAULO FREIRE.

               _______ /// ________
                           - 1-
          Nós, educadores estamos sendo desafiados a cada momento a mudar e a inovar com o intuito de  atender às expectativas da atual sociedade. Mudar para adquirir novas técnicas metodológicas capazes de transformarem o espaço-escola do aprendiz em algo dinâmico,  significativo e participativo, aproximando a teoria da prática com uma postura interdisciplinar, permitindo assim a criação de destrezas para com a vida.

          No entanto é indispensável que o educador esteja permanentemente aberto a uma análise sincera da coerência que consegue manter entre os princípios educacionais que adota suas atitudes no relacionamento com o grupo  e as atividades que realiza. Cabe-lhe ainda estar atento para garantir a inclusão, em seu planejamento, de uma variedade adequada de estímulos, através de atividades que atendam aos interesses da turma.
          O educador precisa estar atento à sua própria avaliação, percebendo até que ponto o fato de uma criança não estar se desenvolvendo bem  ou apresentar problemas de comportamento indica que a metodologia utilizada nas atividades oferecidas ou o relacionamento afetivo que mantém com o grupo não são adequados.
        Assim, realizamos este trabalho concordando com Edgar Morin quando ele afirma que ‘é preciso ensinar a identidade terrena, a paz, a esperança’, para possibilitar a transformação da educação para atender seu maior objetivo: 
A reconstrução do homem e do mundo por meio do resgate da cidadania.                     
-  2  -
ALFABETIZAÇÃO ATRAVÉS DE BRINCADEIRAS, JOGOS
PSICOMOTRICIDADE, MOTRICIDADE e LATERALIDADE

- 3 - OBJETIVOS

·       Aproveitar o desempenho que as crianças possuem em Educação Física e integrá-los no processo de alfabetização;
·       Ajudar no processo de alfabetização, ativando através de brincadeiras, esquemas corporal e mental que os alunos devem Ter desenvolvidos, com vista a obter desempenho do equilíbrio, força, resistência e coordenação;
·       Trazer para a alfabetização, por meio dos exercícios de lateralidade/ Psicomotricidade a auto-confiança que a criança tem do ponto de vista físico;
·       Melhorar as reações dos alunos as frustrações nas experiências do ganhar e perder nos jogos;
·       Enriquecer o pensamento lógico da criança pela compreensão e respeito às regras dos jogos.
          A proposta que desenvolveremos leva em consideração alguns exercícios que abrem perspectivas para um melhor atendimento e desenvolvimento do homem total, em permanente mutação, que busca de valores e atitudes dentro de  uma situação histórica para melhorar relacionamentos e socialização. Em todas as suas potencialidades.
          À motricidade humana está relacionada toda uma significação de nossa existência. Há relação entre o que somos, acreditamos, pensamos, sentimos, com o que expressamos através dos gestos e movimentos. O ser humano se movimenta sempre de forma simbólica e expressiva. O andar, o correr, instrumentos dos mais utilizados na coordenação motora, não podem ser tomados somente no sentido fisiológico; devem ser interpretados em toda sua essência:  o corpo é um campo de expressão e o movimento um meio da expressão  se realizar; e é através da motricidade que a criança descobre suas possibilidades cinéticas. Expressa-se com o seu corpo, em seu corpo, com o  movimento igual ao que faz com a palavra, a escrita ou desenho.
          Mas, não experimenta somente seu movimento, observa os demais e reconhece o seu valor expressivo em relação com os outros, em relação com o grupo.
          Compreendendo que  os exercícios motores, de lateralidade, de Psicomotricidade e jogos de uma maneira em geral trabalha com o homem concreto, a proposta do nosso trabalho busca levar em consideração as características da classe popular existente em nossa sociedade (escola) e dá ênfase ao problema relacional e ao “interesse” em favorecer o desenvolvimento de determinadas funções perceptivas e motoras em relação estreita com as funções mentais, ajudando no processo de alfabetização.
          As atividades foram selecionadas, pensando que é a criança que constrói o seu próprio movimento a partir da interação dos estímulos do seu meio com as estruturas que possui, como também da prática pessoal, de sua própria exploração buscando a solução para os problemas do movimento. Foram privilegiados os seguintes aspectos: os específicos da Educação Física:  resistência, força, agilidade e velocidade; os exercícios de coordenação global e jogos.
          ALÉM DA LATERALIDADE, DA PERCEPÇÃO ESPAÇO  - TEMPORAL, ESTRUTURAÇÃO DO ESQUEMA CORPORAL E JOGOS.
          Os exercícios de coordenação global têm a finalidade de colocar a criança diante de uma tarefa onde ela mesma vai buscar a resposta ao desafio cinético proposto, permitindo também a descoberta de uma função que pode ser definida como um sistema de movimentos coordenados em função de um objetivo a ser atingido.
          Os exercícios de coordenação ÓCULO- MANUAL  -  ligação entre o campo visual e a motricidade fina das mãos e dos dedos – é da maior importância dentro de qualquer trabalho de motricidade, uma vez que exige as mesmas habilidades requeridas na aprendizagem da escrita. Nos exercícios de lançar e apanhar bola, uma bolsinha de areia, um arco no espaço, entram as mesmas operações que consistem em  traçar uma linha de um ponto ao outro; lançar e receber permite a criança construir seu sentido espacial, sua habilidade e destreza dos movimentos das mãos e dos dedos.
          A coordenação entre espaço cinéstesico e espaço visual, lançar e apanhar, são atividades de um grande alcance educativo.
          Podemos observar que as crianças gostam muito de subir e descer  escadas, subir nos bancos, em cima de cadeiras, etc. É que  nesta atitude a criança está construindo o seu próprio equilíbrio. O controle do equilíbrio é da maior importância, uma vez que existem uma estreita relação entre processos do conhecimentos e equilíbrio orgânico.  No entanto, cabe destacar que muitas crianças têm um equilíbrio normal no chão, mas quando solicitado a subirem a saltarem de um equilíbrio elevado, o professor está em frente a uma criança com medo.
          Experiências feitas com propostas construtivista em educação física foi observado que alunos que tinham medo de saltar de uma determinada altura, depois de vencerem esta dificuldade apresentaram maior rendimento no processo de alfabetização.
          O mesmo fato        observou-se em relação ao saltar a corda que, entre outras habilidades, requer o fator equilíbrio; à medida que coordenavam o exercício e o realizavam com êxito foram paulatinamente melhorando na alfabetização.
          Nos saltos em altura e em distância, nas transposições do obstáculos, são necessários o controle global dos deslocamentos no  tempo e espaço, auxiliando-os a superar medos e inibição, proporcionando autoconfiança, auto-estima  e componentes de grande importância na alfabetização. 
          A descoberta e a criatividade do aluno de ver qual a maneira de saltar, quando ele descobre que para saltar alto é preciso tomar impulso, a descoberta das diferentes formas de rolar, de saltar a corda, de subir  em altura,  de transportar um companheiro de um ponto  
Ao outro,  de medir sua possibilidade de transposição de um obstáculo, todas estas descobertas de movimento proporcionam  à criança a condição de tornar-se mais segura de si e confiar as suas potencialidades.
          É através do corpo que a criança aprende: “Meu corpo é o pivô do mundo, tenho consciência do mundo por meio de meu corpo.”
          No início da escolaridade, as possibilidades de orientação da criança  -  fator tão importante para a leitura,  -  depende de uma evolução do esquema corporal. Muitas dificuldades da leitura apresentadas em crianças de inteligência normal podem ser traduzidas na confusão das letras simétricas pela inversão do sentido direita – esquerda, por exemplo: b, p, q; por inversão do sentido cima – baixo: d, p, n, u; ou por inversão na orde       das letras: oar; ora; aro.                 -  4  -                                                    
          A criança que tem um distúrbio do esquema corporal, na medida que não controla uma ou outra região do seu corpo, apresentará defeitos de coordenação ou dissociação de gestos e será lenta ao organizar sua ação, sinal de falta de disponibilidade motora.  Consequentemente, aparecerão dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita.
          A compreensão de conceitos como: perto, longe, dentro, fora, mais perto, bem longe, frente, atrás, embaixo, alto, mais alto, será facilitada com uma série de ações no espaço, com o corpo em movimento. A partir da orientação do seu próprio corpo, a criança projeta no espaço as noções acima descritas.

 
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

  COORDENAÇÃO GLOBAL: Exercícios de coordenação óculo-manual.

 MATERIAL: BOLAS.
·        Quicar a bola e passar por baixo das pernas;
·        2 a 2 rolar um para o outro; Agora um rola e outro lança por cima da cab
·        Individualmente, tentar passar a bola de uma mão p/ a outra por cima da cabeça de um lado para o outro;
·        Lançar a bola com a mão esquerda e receber com a direita;
·        Lançar a bola com as duas mãos e receber com uma;
·        Lançar a bola  com uma mão e receber com as duas;
·        Lançar a bola o mais alto possível e recebê-la com a mão direita;
·        Lançar a bola e recebê-la bem acima da cabeça com a mão (direita/esque
·        Lançar a bola atrás;
·        Lançar a bola bem alto, girar e recebê-la com as duas mãos;
·        Correr e lançar a bola obliquamente  para cima recebendo-a antes de cair
·        Rolar a bola com uma mão; Agora com outra mão
·        Rolar a bola e correr, ganhando-lhe a corrida;
·        Quicar a bola com uma mão; Agora com as duas mãos;
·        Quicar a bola com as mãos alternadas; Agora caminhando e fazendo tal;
·        Correr quicando a bola;  Quicar a bola sempre girando e a pegando;
·        Andar equilibrando a bola na cabeça;
·        Atirar a bola à distância e ver quem a joga mais longe;
·        Correr mantendo a bola no dorso da mão ;
·        Sentada rolar a bola em volta do corpo;
·        Lançar a bola p/ cima, bater 2 palmas e segurar com as 2 mãos ou D/e;
·        Lançar na parede, bater 2 palmas e segurar (fazer cruzadinha) ORDEM
·        Lançar com a mão direita e pegar com a esquerda.;
                  XEROCAR A APOSTILA e DISTRIBUIR;
-         5  -
TRABALHANDO COM BOLSINHAS DE AREIA:
·        Caminhar mantendo a bolsinha sobre a cabeça;
·        Caminhar mantendo a bolsinha sobre o dorso da mão;
·        Correr mantendo a bolsinha sobre a mão esquerda/direita;
·        Correr também com ela na palma da mão;
·        Saltitar, tendo a bolsinha presa entre os tornozelos;
·        Caminhar ao redor da bolsinha: perto, longe, mais perto, mais longe;
·        Caminhar para trás ao lado da bolsinha; caminhar de olhos fechados ao redor da bolsinha;
·        Saltar com um pé só (direito, esquerdo) ao redor da bolsinha;
·        Saltar com os dois pés;

TRABALHANDO COM OS AROS.
          O trabalho com aros oportuniza à criança uma nítida orientação no espaço. Com o arco a criança tem lugar no espaço, quer dizer “Em sua casa” dentro do aro.  O aro contribui no sentido de orientação e facilita a  construção do espaço limitado.
    PERCEPÇÃO ESPAÇO – TEMPORAL.
Aros colocados no chão;
·        Quem pode sentar-se dentro do aro;
·        Quem pode sentar-se  à esquerda do arco;  à  direita;
·        Quem pode sentar-se dentro do aro sem usar as  mãos;
·        Quem pode caminhar por cima do aro;
·        Quem pode caminhar por cima do aro com olhos vendados;
·        Quem pode saltar com um pé bem longe do aro;
·        Quem pode saltar com os dois pés bem longe do aro;
·        Quem pode saltar com um só pé dentro do aro;
·        Brincar: dentro/fora, saltitando com os pés no aro;

TRABALHANDO COM CORDAS
Exercícios de percepção espaço temporal e equilíbrio.
   Corda no chão, em forma de círculo
 QUEM PODE??
·        Colocar-se à frente, atrás da corda;
·        Colocar-se à direita, à esquerda da corda;
·        Caminhar bem perto da corda, livremente;
·        Caminhar mais longe possível da corda;
·        Saltar com um pé ao redor da corda;
·        Saltar com os dois pés bem longe da corda;
·        Saltar durante 15 segundos com os dois pés ao redor da corda; (30SEG.)
·        Saltar com um pé em cima da corda; Direito/ esquerdo
CORDA GIRANDO
·        Saltar a corda no lugar, girando a mesma;
·        Entrar na corda, girando e pular 1,2,3,vezes e sair;
·        Entrar e pular 28 vezes; (só sugestão)
·        Girando a corda, saltitar alternadamente com um pé, com o outro;
      XEROCAR APOSTILA;
______________________________________________________________

TRABALHANDO COM PNEUS
   
    O trabalho com pneus tem por objetivo de oportunizar à criança a possibilidade de criar movimentos, como desafio a sua fantasia cinética.
   Com os pneus as crianças brincam de automóvel, de barco, de caminhão, de trator, empilham os pneus para subir e manter-se em equilíbrio;
  XEROCAR APOSTILA;
______________________________________________________________

JOGOS
          O JOGO É: uma atividade própria da criança e está centrada no prazer que esta atividade proporciona às mesmas.
          Através dos jogos podemos descobrir e identificar problemas de aprendizagem ( na fala, na escrita e na leitura...) ou comprovar algumas suspeitas.  Os jogos apresentados a seguir servirão tanto para diagnóstico como para intervenção.
           JOGOS COM REGRAS: - Os jogos com regra no trabalho de alfabetização ultrapassam o sentido competitivo dos mesmos buscando o aspecto de solidariedade e de cooperação.
          Sobre o aspecto competitivo do jogo, Wallom coloca ser negativo desenvolver na criança um espírito de concorrência e de antagonismo coletivo. Desta forma pode-se apenas suscitar um espírito de grupo negativo e as bases de um sentimento que não pode se chamar de solidariedade, mas sentimento de dominação em relação a um outro grupo.
          Os jogos apresentam três características: algumas regras são determinadas pelo professor, outras são susceptíveis de modificações, por partes do grupo, e uma terceira transmitida pela tradição social infantil: bolinha de gude, jogo do taco, brinquedos cantados.
          A interferência do professor é detectar os elementos sócio efetivos que podem impedir a realização dos mesmos é incentivar dinâmicas de grupo e resgatar as brincadeiras antigas, uma vez que as crianças de hoje só brincam com brinquedos virtuais ou eletrõnicos.

ATIVIDADES:  JOGO DA BOLA AMBULANTE EM FILEIRA COM CORRIDA.
           Os times estão em fileira em atrás do outro. A bola anda depois de um sinal dado pelo professor, do primeiro ao último jogador da fila. Este leva depressa para frente e dá ao de detrás. Qual o time que passou primeiro todos os jogadores?
             A bola pode passar as fileiras de várias maneiras:
·        Rola-se a bola por baixo das pernas afastadas;
·        Passa-se a bola por cima da cabeça com as duas mãos;
·        Passa-se a bola pelo lado direito esquerdo;
*TRABALHAR DA MESMA FORMA USANDO OS AROS.. SAQUINHOS DE AREIA;
CABO DE GUERRA;                             
JOGOS PARA ACERTAR um alvo determinado:  Em quantos minutos? 3, 5  ou quanto o professor determinar.
·        LEVANDO ÁGUA ATÉ A GARRAFA:  Levar água numa esponja e expremer dentro de uma garrafa até encher o ponto marcado na mesma. A equipe vencedora será quem primeiro encher a garrafa.
·         JOGOS DE BOLICHE COM LETRAS, SÍLABAS OU NÚMEROS. a equipe vencedora será quem conseguir ler as palavras letra ou sílabas derrubadas.
·         JOGO DE BETE:  MATERIAL:  tacos e bolinha.
·         CAÇADORES NA SELVA
·         CORRIDA DA BOLA
·         CORRIDA DO BASTÃO
·         DESVIE DAS GARRAFAS;
·         JOGO DE FORMAR GRUPOS
·         CORRENTE; A corrente pega gente, quem tem medo sai da frente.
·         PASSAR A  BOLA                 
·         CORRIDA DO OBSTÁCULO;
·         CORRIDA DO OVO OU DA BATATA.
·         DANÇA DAS CADEIRAS
·         MARCHA DOS JORNAIS;
·         TELEFONE SEM FIO
·         BILOQUÊ  *  PÉS DE LATA  * PASSAR ANEL;
·         PROVA DE FOGO;   *  BOLA AO ALVO   -* BOLA AO CESTO;
·         BAMBOLEANDO        *  COELHINHO SAI DA TOCA;
·         PARE BOLA!
Precisamos resgatar a fantasia que a realidade roubou de algumas de nossas crianças e  oferecer oportunidades de criar, soltar, sua imaginação e fazer do seu dia a dia uma novidade constante, onde não haverá o  desânimo.
Estes e outras brincadeiras estão na apostila  de jogos ao ar livre.
OUTROS JOGOS QUE SÃO IMPORTANTES
·        O JOGO DO BINGO:  O importante no jogo do bingo é a colaboração que se dá entre alunos de diferentes níveis de conceitualização da leitura e da escrita.
·        O JOGO DO MICO: Não existe uma constante em relação às cartas. Para todas as cartas há possibilidades de futuros pares, apenas MICO é a  carta que tem uma relação definitiva no jogo. Ex: Singular/plural; masculino/feminino; palavra/desenho; nome dos alunos etc...
·        O JOGO DO DOMINÓ: É um excelente meio de ajudar a criança no seu processo de alfabetização, uma vez que, neste jogo, é necessário estabelecer correspondência entre uma e outra palavra, um e outro nome.
·        ESQUEMA CORPORAL  Trabalhar apostila anexa.
·        PERCEPÇÃO VISUAL e AUDITIVA, LATERALIDADE
Esta série de exercícios pretende mostrar a criança que em geral ela se utiliza do seu lado esquerdo e direito simultaneamente mas que o lado não dominante ajuda o trabalho do dominante.
·        Correr ara o lado direito. Agora o esquerdo; Pular com o pé direito/ esquerdo
·        Colocar a mão direita no pé esquerdo;
·        Novos caminhos:  Dê 3 passos para a direita, 1 passo para a esquerda, 2 passos para cima, 2 passos para  baixo, 6 passos para a direita, 1 passo para cima, 1 passo para direita, 3 passos para baixo, 8 passos para a esquerda, 4 passos para baixo.
·        Idem batendo palmas, em todos os passos,
·        Idem saltitando e batendo palmas;
·        GINÁTICA CANTADA: cabeça, ombro joelho e pé; fita xuxa);
·        ATENÇÃO AUDITIVA:  Se és feliz canta ritmado;
·        TRABALHAR COM QUEBRA –CABEÇA: graduar as dificuldades;
·        DRAMATIZAÇÃO; FANTOCHES
·        PERCEPÇÃO AUDITIVA:  Excursões para observar ruídos da natureza; Distinguir pelo ruído os vários tipos de sons, objetos caindo, molho de chaves bater palmas, rasgar papel, amassar papel, imitar sons de animais
·        SONS DE PALAVRAS:  Ouvir versos dito pelo professor e bater palmas quando rimar.
Passarinho, passarinho
Onde fizeste o teu ninho?
Na laranjeira mais alta.
Lá na beira do caminho.
   *Distinguir dentre várias palavras ouvidas a que começa à igual que foi dita primeiro;
 *  Ouvir quadras e completá-las com palavras omitida  “ Lá vai a minha barquinha carregadinha de ______________________.
     “Senhor caçador não vá se enganar, preste bem atenção quando o gato miar.   Mia o gato...”  Adivinhe quem é??????
*EXERCÍCIOS GRÁFICOS DE DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA e VISUAL FINAL e INICIAL
·        Paradigmas e pareamentos de sílabas.
Ex::  ca  valo                                   toma  te
        Ca  pela                                       lei  te
        Ca ma                                        gile  te
    Inicial                                                          final.

              Estes exemplos foram realizados com o objetivo de destacar a importância das percepções para o ensino – aprendizagem da criança. Procuramos destacar a percepção visual e auditiva destacadas também e enriquecidas nas aulas de Educação Física que trazem exercícios de lateralidade e Psicomotricidade.

 TRAREMOS AGORA O ENSINO DE ORTOGRAFIA E ALGUMAS SUGESTÕES e TÉCNICAS PARA QUE REALIZEM UM TRABALHO MAIS EFICIENTE NESTA ÁREA.
ROTEIRO DE ATIVIDADES    --
 Troca  de letras;;
 TODA-  (DOTA)   BATATA -  (DATATA)   FIVELA –(VIVELA) 
 DISTORÇÃO:  chave  -  jave
 OMISSÃO:      laranja  - laanja
 SUBSTITUIÇÃO:  faca  -  vaca.
 Ch/j  -  f/v  -  d/t  -  r/intercalado
1-  DISCRIMINAÇÃO VISUAL
             a)- Inventar estória com a palavra – chave das sílabas ou letras trabalhadas;
             b) – Escrever uma lista de palavras com a sílaba em destaque. Pedir que o aluno grife, circule   apague, leia  e escreva 2 vezes no caderno;
             C)_  Confeccionar cartazes com as sílabas estudadas e palavras recortadas de jornais e revistas;
2-DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA
a)- Letra salientar bem se é linguoodental ou bilabial  sempre mostrar para o aluno quais são pronunciadas usando os dentes ou os lábios. Ressaltar que estas letras apresentam um som semelhante , mas que precisam prestar atenção na hora de escrever;
 b)-  Jogos orais  -  Localização da sílaba (começo, meio fim)
  c)- gestos corporais ( palmas, pé, bater mãos assobiar) etc...

3-Vocabulário de classe:
   a)- Jogos com sílabas  -  Quem  formou mais palavras com estas sílabas   -  meninos ou meninas.
    b)- palavras por filas
   c)- Registre –as na lousa
 Elabore pequenas frases   separação de sílabas  -   Aumentativo/diminutivo    -   Plural
4-TRAÇADO NO CHÃO   -
Caminhar sobre a letra.
               Traçado com barbante  - com a mão  dedo   caligrafia;

5      -  TREINO NO CADERNO
             A)-  Separar            b)- Ordenar            c)- cópia colorida           d)-  ditado mudo 
             e)- Ditado espelhado  -dobra uma folha ao meio   ditar as palavras num lado da folha ( Comparação ao corrigir do outro lado da folha);    f)- Frases e ilustração das frases;


6-   Conversar sobre o texto e trá-lo para nossa vivência
7-       Leitura da ilustração do texto características – ações – espaço  (imaginar possíveis variantes)


   No  próximo estudo traremos  um conjunto de palavras e seu grupo de dificuldades  de acordo com as fases I  II  III  IV


   EDUCADOR!  ESTEJA ATENTO!!


      “QUANTO MAIS CEDO O EDUCANDO RECEBER AJUDA, MELHOR, PARA QUE A DIFICULDADE DE ORDEM EMOCIONAL NÃO SE INSTALE e INTERFIRA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO.




Psicolinguista Argentina, doutorou-se pela Universidade de Genebra, orientada por Jean Piaget. Inovou ao utilizar a teoria do mestre para investigar um campo que não tinha sido objeto de estudo piagetiano. Aos 62 anos, é pesquisadora do Instituto Politécnico Nacional, no México.
O que ficou
As crianças chegam à escola sabendo várias coisas sobre a língua. É preciso avaliá-las para determinar estratégias para sua alfabetização.

Um alerta
Apesar de a criança construir seu próprio conhecimento, no que se refere à alfabetização, cabe a você, professor, organizar atividades que favoreçam a reflexão sobre a escrita.

Processo da leitura e da escrita
Diagnosticar quanto os alunos já sabem antes de iniciar o processo de alfabetização é um preceito básico do livro Psicogênese da Língua Escrita, que Emilia escreveu com Ana Teberosky em 1979. A obra, um marco na área, mostra que as crianças não chegam à escolas vazias, sem saber nada sobre a língua. De acordo com a teoria, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada:
Pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;
Silábica: interpreta a letra à sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada letra;
Silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas;
Alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.

O fácil e o difícil - Para melhor exemplificar sua proposta de mudança conceitual da prática pedagógica, Emilia lembrou como a escola tradicional concebe a língua escrita: “Na escola tradicional, o sujeito que aprende praticamente desaparece, porque o reduzem a um conjunto de habilidades. Habilidades perceptivas, motrizes, perceptiva-motriz, de discriminação perceptiva, auditiva e visual. É a cópia de um modelo dado, uma cópia na qual é proibida qualquer distorção. O objeto da língua escrita se apresenta de tal maneira que a criança o percebe como algo imutável, que deve ser apenas recebido, nunca transformado. Por isso é que se exige da criança uma atitude de respeito cego. A lição tradicional é dada elemento por elemento, supondo que a soma linear dos elementos leve à totalidade. Assim se avança, letra por letra, sílaba por sílaba, palavra por palavra, imaginando-se que basta juntar mais letras, sílabas ou palavras às precedentes. Nesta concepção, o fácil e o difícil são "determinados” de fora: o que ao adulto já alfabetizado parece fácil ou difícil, sem suspeitar sequer que a definição de fácil e difícil também pode ser dada pela criança. E nem sempre o que parece fácil ao sujeito já alfabetizado é fácil para quem não está alfabetizado. Todos nós tivemos esta visão alguma vez, mas já não somos capazes de recuperá-la".

Cruzada - Com base em suas pesquisas e nas contribuições de investigadores de várias partes do mundo, Emilia Ferreiro conclamou os educadores da América Latina a se integrarem numa cruzada pela mudança desta visão de alfabetização: "É possível fazer uma mudança muito profunda, uma mudança que é uma revolução conceitual. Não se trata de acrescentar novas atividades, novos livros ou novas propostas às velhas, mas sim de uma mudança total na concepção do objetivo da aprendizagem, do processo da aprendizagem, do sujeito que aprende e, forçosamente, também do professor".

Preocupação - Preocupada com o impacto de suas idéias na ação dos alfabetizadores habituados com métodos tradicionais, Emilia Ferreiro esclareceu: "Não se trata, de modo algum, de dizer que as crianças se alfabetizam sozinhas. Trata-se, isto sim, de compreender o processo que elas estão vivendo, a cada momento, para poder intervir mais eficazmente, ajudando para que o diálogo entre professor e aluno não seja destruído. A partir do conhecimento de uma série de fatos que estão vinculados à evolução psicológica, é preciso pensar em outros termos na intervenção pedagógica e em todas as coisas que estão em redor desta intervenção".

Processo Evolutivo - Entre as intervenções pedagógicas que devem ser reavaliadas, Emilia Ferreiro citou o uso de cartilhas, os modos de avaliação e promoção de alunos e, especialmente, os testes de prontidão e provas de avaliação posteriores. Para ela, o importante é compreender o desenvolvimento das idéias da criança sobre a escrita como um processo evolutivo: "Na lição tradicional, a criança sabe ou não sabe, pode ou não pode, se equivoca ou acerta. Isto torna muito difícil compreender que a criança está apresentando uma evolução e que certas coisas são normais dentro da evolução, ainda que ela cometa erros em relação à escrita adulta. O professor deve sempre interpretar a produção gráfica das crianças de maneira positiva".


Fundamentos - Para fundamentar o que dizia, Emilia Ferreiro expôs, durante o encontro com os professores, desenhos e garatujas infantis, aparentemente sem grande significado. E explicou: "Quando uma professora aprende a interpretar estas produções, aprende também a respeitar este produtor. Aprende a respeitar esta criança que lhe está mostrando, através destas produções, os esforços que está fazendo para compreender o sistema alfabético da escrita. E que, na verdade, não tem nada de simples, nem de evidente".
Pouco tempo - O caminho da alfabetização, segundo Emilia Ferreiro, passa necessariamente por etapas em que a criança constrói o seu conhecimento, independentemente da camada social a que pertença. As etapas são iguais, podendo variar apenas de acordo com a idade da criança, nunca de sua condição social. "As crianças que estão crescendo em ambiente onde a língua escrita existe - onde se lê e se escreve não apenas como atos muito especiais, mas como parte da vida diária -, onde são estimuladas a manusear livros, onde se permite a elas escrever e desenhar. Estas crianças adquirem muitas informações sobre a língua escrita. Geralmente faz por conta própria uma boa parte do caminho da alfabetização. Se, ao contrário, a criança não tem contato com a língua escrita, se em redor dela não há pessoas que possam ler e escrever, é muito difícil que chegue à escola sabendo o que quer dizer LER e entendendo o que quer dizer ESCREVER”.


Recomendação - Uma das principais recomendações de Emilia Ferreiro aos alfabetizadores é que nunca desprezem a bagagem de conhecimentos sobre a escrita que a maioria das crianças leva para a escola: "O que sabemos é que nenhuma criança urbana chega totalmente ignorante à escola primária. Nós, adultos, é que temos a tendência bem marcada de confundir os saberes diferentes dos nossos alunos pobres com ignorância. Por isso, os discriminamos e rechaçamos. Sabemos também que a possibilidade de uma criança conseguir alfabetizar-se em um ano escolar, que é muito pouco tempo, depende do seu nível de contextualização. Como a escola não faz avaliações do nível inicial, não se dá conta de que algumas crianças chegam sabendo mais do que outras. E quando digo avaliação não estou pensando em prova específica, mas simplesmente em atividades que permitam ao professor ver o que a criança pode fazer".
Proposta - A proposta de Emilia é que os professores, sem qualquer prova inicial de avaliação, criem espaços para que as crianças possam produzir e lhes mostrar o que compreendem sobre a escrita: "Uma das coisas mais reprimidas na escola tradicional tem sido a escrita. Uma das coisas mais proibidas é a escrita espontânea. A escola fala em texto livre, mas proíbe textos livres como representação da escrita da melhor maneira que o sujeito é capaz de conseguir em cada momento de sua evolução".
Descobertas - O estímulo aos estereótipos não se limita ao início da vida escolar, como afirmou Emilia Ferreiro: "Tampouco se permite às crianças produzirem textos livres quando já sabem reproduzir convencionalmente as palavras, porque aí começa a funcionar o estereótipo sobre o que é uma produção aceitável, como também começa a funcionar este enorme medo ante o erro ortográfico". As descobertas sobre a evolução indicam que as crianças vão resolvendo seus problemas numa ordem muito específica: "O primeiro problema que resolvem é a distinção entre o que é desenho e o que é escrita. O segundo é a descoberta de que não é suficiente escrever letras para que algo possa ser lido. Até crianças de 4 ou 5 anos dizem que não há nada escrito quando a mesma letra se repete muito. O problema seguinte que resolvem é como fazer para criar representações diferentes para unidades lingüísticas diferentes. Depois, resolvem a correspondência entre pedaços de linguagem e entre pedaços de escritas. Em seguida, descobrem os princípios fundamentais de um sistema alfabético de escrita: atenção preferencial às diferenças sonoras. Nesse momento, ela deixa de lado as diferenças de significado, reconhecendo que quando há semelhanças sonoras deve-se pôr as mesmas letras e quando há diferenças deve-se pôr diferentes letras. O problema ortográfico vem depois", detalhou a pesquisadora.

Livre expressão - Em sua conferência, Emilia Ferreiro lembrou ainda que a escrita é importante na escola porque é importante fora dela, e não o inverso. E que a correção ortográfica deve ser feita com o maior cuidado: "Uma das coisas que sabemos hoje em dia com a maior clareza é que a correção ortográfica fora de tempo pode inibir a língua escrita. Eu não estou dizendo que a escola deva ignorar o erro ortográfico, apenas que deve saber qual o momento certo para fazê-lo, sem criar inibições. Porque eu me nego a chamar de alfabetizada uma criança que produz apenas estereótipos, ainda que seu texto não tenha erros ortográficos".

Proposta Pedagógica - Ela destacou, então, a proposta pedagógica do tipo construtivista como capaz de proporcionar às crianças que se expressem livremente, com criatividade, mesmo quando o texto produzido apresenta muitos erros de ortografia. "A correção sobre a ortografia não se deve confundir com a avaliação da língua escrita que está por trás", alertou Emilia, concluindo: "Temos que alfabetizar para dar ao homem do povo sua palavra, para que ele possa escrevê-la, para ajudá-lo a não destruir seu discurso em troca de um discurso escolar estereotipado. Também para que escreva de maneira ortograficamente correta, mas que esta ortografia não limite, não destrua, nem mate a língua escrita que ele pode produzir".
(transcrito da revista Nova Escola)
Artigos Transcritos da Internet -  com a intenção exclusiva de ajuda aos professores.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

DIREITOS DO LEITOR...