APRESENTAÇÃO
Nada lhe posso dar que já não exista em
você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens (...). Nada lhe posso
dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave (...) ajudarei a tornar
visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.
(HERMANN HESSE)
________ /// ________
Fui alfabetizado
no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu
mundo e não do mundo maior dos meus pais.
O chão foi o meu quadro negro; gravetos, o meu giz.
PAULO FREIRE.
_______ /// ________
- 1-
Nós, educadores estamos
sendo desafiados a cada momento a mudar e a inovar com o intuito de atender às expectativas da atual sociedade.
Mudar para adquirir novas técnicas metodológicas capazes de transformarem o espaço-escola
do aprendiz em algo dinâmico,
significativo e participativo, aproximando a teoria da prática com uma
postura interdisciplinar, permitindo assim a criação de destrezas para com a
vida.
No entanto é indispensável que o
educador esteja permanentemente aberto a uma análise sincera da coerência que
consegue manter entre os princípios educacionais que adota suas atitudes no
relacionamento com o grupo e as
atividades que realiza. Cabe-lhe ainda estar atento para garantir a inclusão,
em seu planejamento, de uma variedade adequada de estímulos, através de
atividades que atendam aos interesses da turma.
O educador precisa estar atento à sua
própria avaliação, percebendo até que ponto o fato de uma criança não estar se
desenvolvendo bem ou apresentar
problemas de comportamento indica que a metodologia utilizada nas atividades
oferecidas ou o relacionamento afetivo que mantém com o grupo não são
adequados.
“Assim, realizamos este trabalho
concordando com Edgar Morin quando ele afirma que ‘é preciso ensinar a
identidade terrena, a paz, a esperança’, para possibilitar a transformação da
educação para atender seu maior objetivo:
A
reconstrução do homem e do mundo por meio do resgate da cidadania.
- 2 -
ALFABETIZAÇÃO ATRAVÉS DE BRINCADEIRAS, JOGOS
PSICOMOTRICIDADE, MOTRICIDADE e LATERALIDADE
- 3 - OBJETIVOS
·
Aproveitar o desempenho que as crianças possuem em Educação Física e
integrá-los no processo de alfabetização;
·
Ajudar no processo de alfabetização, ativando através de brincadeiras,
esquemas corporal e mental que os alunos devem Ter desenvolvidos, com vista a
obter desempenho do equilíbrio, força, resistência e coordenação;
·
Trazer para a alfabetização, por meio dos exercícios de lateralidade/
Psicomotricidade a auto-confiança que a criança tem do ponto de vista físico;
·
Melhorar as reações dos alunos as frustrações nas experiências do
ganhar e perder nos jogos;
·
Enriquecer o pensamento lógico da criança pela compreensão e respeito
às regras dos jogos.
A proposta que desenvolveremos leva em consideração
alguns exercícios que abrem perspectivas para um melhor atendimento e
desenvolvimento do homem total, em permanente mutação, que busca de valores e
atitudes dentro de uma situação
histórica para melhorar relacionamentos e socialização. Em todas as suas
potencialidades.
À motricidade humana está relacionada
toda uma significação de nossa existência. Há relação entre o que somos,
acreditamos, pensamos, sentimos, com o que expressamos através dos gestos e
movimentos. O ser humano se movimenta sempre de forma simbólica e expressiva. O
andar, o correr, instrumentos dos mais utilizados na coordenação motora, não
podem ser tomados somente no sentido fisiológico; devem ser interpretados em
toda sua essência: o corpo é um campo de
expressão e o movimento um meio da expressão
se realizar; e é através da motricidade que a criança descobre suas
possibilidades cinéticas. Expressa-se com o seu corpo, em seu corpo, com o movimento igual ao que faz com a palavra, a
escrita ou desenho.
Mas, não experimenta somente seu
movimento, observa os demais e reconhece o seu valor expressivo em relação com
os outros, em relação com o grupo.
Compreendendo que os exercícios motores, de lateralidade, de
Psicomotricidade e jogos de uma maneira em geral trabalha com o homem concreto,
a proposta do nosso trabalho busca levar em consideração as características da
classe popular existente em nossa sociedade (escola) e dá ênfase ao problema
relacional e ao “interesse” em favorecer o desenvolvimento de determinadas
funções perceptivas e motoras em relação estreita com as funções mentais,
ajudando no processo de alfabetização.
As atividades foram selecionadas,
pensando que é a criança que constrói o seu próprio movimento a partir da
interação dos estímulos do seu meio com as estruturas que possui, como também
da prática pessoal, de sua própria exploração buscando a solução para os
problemas do movimento. Foram privilegiados os seguintes aspectos: os
específicos da Educação Física: resistência,
força, agilidade e velocidade; os exercícios de coordenação global e jogos.
ALÉM DA LATERALIDADE, DA PERCEPÇÃO
ESPAÇO - TEMPORAL, ESTRUTURAÇÃO DO
ESQUEMA CORPORAL E JOGOS.
Os exercícios de coordenação global
têm a finalidade de colocar a criança diante de uma tarefa onde ela mesma vai
buscar a resposta ao desafio cinético proposto, permitindo também a descoberta
de uma função que pode ser definida como um sistema de movimentos coordenados
em função de um objetivo a ser atingido.
Os exercícios de coordenação ÓCULO-
MANUAL -
ligação entre o campo visual e a motricidade fina das mãos e dos dedos –
é da maior importância dentro de qualquer trabalho de motricidade, uma vez que
exige as mesmas habilidades requeridas na aprendizagem da escrita. Nos
exercícios de lançar e apanhar bola, uma bolsinha de areia, um arco no espaço,
entram as mesmas operações que consistem em
traçar uma linha de um ponto ao outro; lançar e receber permite a
criança construir seu sentido espacial, sua habilidade e destreza dos
movimentos das mãos e dos dedos.
A coordenação entre espaço
cinéstesico e espaço visual, lançar e apanhar, são atividades de um grande
alcance educativo.
Podemos observar que as crianças
gostam muito de subir e descer escadas,
subir nos bancos, em cima de cadeiras, etc. É que nesta atitude a criança está construindo o
seu próprio equilíbrio. O controle do equilíbrio é da maior importância, uma
vez que existem uma estreita relação entre processos do conhecimentos e
equilíbrio orgânico. No entanto, cabe
destacar que muitas crianças têm um equilíbrio normal no chão, mas quando
solicitado a subirem a saltarem de um equilíbrio elevado, o professor está em
frente a uma criança com medo.
Experiências feitas com propostas
construtivista em educação física foi observado que alunos que tinham medo de
saltar de uma determinada altura, depois de vencerem esta dificuldade
apresentaram maior rendimento no processo de alfabetização.
O mesmo fato observou-se em relação ao saltar a corda
que, entre outras habilidades, requer o fator equilíbrio; à medida que
coordenavam o exercício e o realizavam com êxito foram paulatinamente
melhorando na alfabetização.
Nos saltos em altura e em distância,
nas transposições do obstáculos, são necessários o controle global dos
deslocamentos no tempo e espaço,
auxiliando-os a superar medos e inibição, proporcionando autoconfiança,
auto-estima e componentes de grande
importância na alfabetização.
A descoberta e a criatividade do aluno de
ver qual a maneira de saltar, quando ele descobre que para saltar alto é
preciso tomar impulso, a descoberta das diferentes formas de rolar, de saltar a
corda, de subir em altura, de transportar um companheiro de um
ponto
Ao
outro, de medir sua possibilidade de
transposição de um obstáculo, todas estas descobertas de movimento
proporcionam à criança a condição de
tornar-se mais segura de si e confiar as suas potencialidades.
É através do corpo que a criança
aprende: “Meu corpo é o pivô do mundo, tenho consciência do mundo por meio de
meu corpo.”
No início da escolaridade, as
possibilidades de orientação da criança
- fator tão importante para a
leitura, - depende de uma evolução do esquema corporal.
Muitas dificuldades da leitura apresentadas em crianças de inteligência normal
podem ser traduzidas na confusão das letras simétricas pela inversão do sentido
direita – esquerda, por exemplo: b,
p, q; por inversão do sentido cima – baixo: d, p, n, u; ou por inversão na orde das letras: oar; ora; aro.
- 4 -
A criança que tem um distúrbio do esquema
corporal, na medida que não controla uma ou outra região do seu corpo,
apresentará defeitos de coordenação ou dissociação de gestos e será lenta ao
organizar sua ação, sinal de falta de disponibilidade motora. Consequentemente, aparecerão dificuldades de
aprendizagem da leitura e escrita.
A compreensão de conceitos como: perto, longe, dentro, fora,
mais perto, bem longe, frente, atrás, embaixo, alto, mais alto, será facilitada com uma
série de ações no espaço, com o corpo em movimento. A partir da orientação do
seu próprio corpo, a criança projeta no espaço as noções acima descritas.
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
COORDENAÇÃO
GLOBAL: Exercícios de coordenação óculo-manual.
MATERIAL:
BOLAS.
·
Quicar a bola e passar por baixo das pernas;
·
2 a 2 rolar um para o outro; Agora um rola e
outro lança por cima da cab
·
Individualmente, tentar passar a bola de uma mão
p/ a outra por cima da cabeça de um lado para o outro;
·
Lançar a bola com a mão esquerda e receber com a
direita;
·
Lançar a bola com as duas mãos e receber com
uma;
·
Lançar a bola
com uma mão e receber com as duas;
·
Lançar a bola o mais alto possível e recebê-la
com a mão direita;
·
Lançar a bola e recebê-la bem acima da cabeça
com a mão (direita/esque
·
Lançar a bola atrás;
·
Lançar a bola bem alto, girar e recebê-la com as
duas mãos;
·
Correr e lançar a bola obliquamente para cima recebendo-a antes de cair
·
Rolar a bola com uma mão; Agora com outra mão
·
Rolar a bola e correr, ganhando-lhe a corrida;
·
Quicar a bola com uma mão; Agora com as duas
mãos;
·
Quicar a bola com as mãos alternadas; Agora
caminhando e fazendo tal;
·
Correr quicando a bola; Quicar a bola sempre girando e a pegando;
·
Andar equilibrando a bola na cabeça;
·
Atirar a bola à distância e ver quem a joga mais
longe;
·
Correr mantendo a bola no dorso da mão ;
·
Sentada rolar a bola em volta do corpo;
·
Lançar a bola p/ cima, bater 2 palmas e segurar
com as 2 mãos ou D/e;
·
Lançar na parede, bater 2 palmas e segurar
(fazer cruzadinha) ORDEM
·
Lançar com a mão direita e pegar com a
esquerda.;
XEROCAR A APOSTILA e
DISTRIBUIR;
-
5 -
TRABALHANDO COM BOLSINHAS DE AREIA:
·
Caminhar mantendo a bolsinha sobre a cabeça;
·
Caminhar mantendo a bolsinha sobre o dorso da
mão;
·
Correr mantendo a bolsinha sobre a mão
esquerda/direita;
·
Correr também com ela na palma da mão;
·
Saltitar, tendo a bolsinha presa entre os
tornozelos;
·
Caminhar ao redor da bolsinha: perto, longe,
mais perto, mais longe;
·
Caminhar para trás ao lado da bolsinha; caminhar
de olhos fechados ao redor da bolsinha;
·
Saltar com um pé só (direito, esquerdo) ao redor
da bolsinha;
·
Saltar com os dois pés;
TRABALHANDO COM OS AROS.
O
trabalho com aros oportuniza à criança uma nítida orientação no espaço. Com o
arco a criança tem lugar no espaço, quer dizer “Em sua casa” dentro do
aro. O aro contribui no sentido de
orientação e facilita a construção do
espaço limitado.
PERCEPÇÃO ESPAÇO – TEMPORAL.
Aros colocados no
chão;
·
Quem pode sentar-se dentro do aro;
·
Quem pode sentar-se à esquerda do arco; à
direita;
·
Quem pode sentar-se dentro do aro sem usar
as mãos;
·
Quem pode caminhar por cima do aro;
·
Quem pode caminhar por cima do aro com olhos
vendados;
·
Quem pode saltar com um pé bem longe do aro;
·
Quem pode saltar com os dois pés bem longe do
aro;
·
Quem pode saltar com um só pé dentro do aro;
·
Brincar: dentro/fora, saltitando com os pés no
aro;
TRABALHANDO COM CORDAS
Exercícios de percepção espaço temporal e
equilíbrio.
Corda no chão, em forma de círculo
QUEM PODE??
·
Colocar-se à frente, atrás da corda;
·
Colocar-se à direita, à esquerda da corda;
·
Caminhar bem perto da corda, livremente;
·
Caminhar mais longe possível da corda;
·
Saltar com um pé ao redor da corda;
·
Saltar com os dois pés bem longe da corda;
·
Saltar durante 15 segundos com os dois pés ao
redor da corda; (30SEG.)
·
Saltar com um pé em cima da corda; Direito/
esquerdo
CORDA GIRANDO
·
Saltar a corda no lugar, girando a mesma;
·
Entrar na corda, girando e pular 1,2,3,vezes e
sair;
·
Entrar e pular 28 vezes; (só sugestão)
·
Girando a corda, saltitar alternadamente com um
pé, com o outro;
XEROCAR APOSTILA;
______________________________________________________________
TRABALHANDO COM PNEUS
O trabalho com
pneus tem por objetivo de oportunizar à criança a possibilidade de criar
movimentos, como desafio a sua fantasia cinética.
Com os pneus as
crianças brincam de automóvel, de barco, de caminhão, de trator, empilham os
pneus para subir e manter-se em equilíbrio;
XEROCAR APOSTILA;
______________________________________________________________
JOGOS
O JOGO É:
uma atividade própria da criança e está centrada no prazer que esta atividade
proporciona às mesmas.
Através
dos jogos podemos descobrir e identificar problemas de aprendizagem ( na fala,
na escrita e na leitura...) ou comprovar algumas suspeitas. Os jogos apresentados a seguir servirão tanto
para diagnóstico como para intervenção.
JOGOS COM REGRAS: - Os jogos
com regra no trabalho de alfabetização ultrapassam o sentido competitivo dos
mesmos buscando o aspecto de solidariedade e de cooperação.
Sobre o
aspecto competitivo do jogo, Wallom coloca ser negativo desenvolver na criança
um espírito de concorrência e de antagonismo coletivo. Desta forma pode-se
apenas suscitar um espírito de grupo negativo e as bases de um sentimento que
não pode se chamar de solidariedade, mas sentimento de dominação em relação a
um outro grupo.
Os jogos
apresentam três características: algumas regras são determinadas pelo
professor, outras são susceptíveis de modificações, por partes do grupo, e uma
terceira transmitida pela tradição social infantil: bolinha de gude, jogo do taco, brinquedos cantados.
A
interferência do professor é detectar os elementos sócio efetivos que podem
impedir a realização dos mesmos é incentivar dinâmicas de grupo e resgatar as
brincadeiras antigas, uma vez que as crianças de hoje só brincam com brinquedos
virtuais ou eletrõnicos.
ATIVIDADES:
JOGO DA BOLA AMBULANTE EM FILEIRA COM CORRIDA.
Os times estão em fileira em
atrás do outro. A bola anda depois de um sinal dado pelo professor, do primeiro
ao último jogador da fila. Este leva depressa para frente e dá ao de detrás.
Qual o time que passou primeiro todos os jogadores?
A bola
pode passar as fileiras de várias maneiras:
·
Rola-se a bola por baixo das pernas afastadas;
·
Passa-se a bola por cima da cabeça com as duas
mãos;
·
Passa-se a bola pelo lado direito esquerdo;
*TRABALHAR DA MESMA FORMA USANDO OS AROS..
SAQUINHOS DE AREIA;
CABO DE GUERRA;
JOGOS PARA ACERTAR um alvo
determinado: Em quantos minutos? 3,
5 ou quanto o professor determinar.
·
LEVANDO
ÁGUA ATÉ A GARRAFA: Levar água numa
esponja e expremer dentro de uma garrafa até encher o ponto marcado na mesma. A
equipe vencedora será quem primeiro encher a garrafa.
·
JOGOS DE
BOLICHE COM LETRAS, SÍLABAS OU NÚMEROS. a equipe vencedora será quem conseguir ler as
palavras letra ou sílabas derrubadas.
·
JOGO DE
BETE: MATERIAL:
tacos e bolinha.
·
CAÇADORES
NA SELVA
·
CORRIDA
DA BOLA
·
CORRIDA
DO BASTÃO
·
DESVIE
DAS GARRAFAS;
·
JOGO DE
FORMAR GRUPOS
·
CORRENTE;
A corrente pega gente, quem tem medo sai da frente.
·
PASSAR
A BOLA
·
CORRIDA
DO OBSTÁCULO;
·
CORRIDA
DO OVO OU DA BATATA.
·
DANÇA DAS
CADEIRAS
·
MARCHA
DOS JORNAIS;
·
TELEFONE
SEM FIO
·
BILOQUÊ * PÉS
DE LATA * PASSAR ANEL;
·
PROVA DE
FOGO; *
BOLA AO ALVO -* BOLA AO CESTO;
·
BAMBOLEANDO *
COELHINHO SAI DA TOCA;
·
PARE
BOLA!
“ Precisamos resgatar a fantasia que a
realidade roubou de algumas de nossas crianças e oferecer oportunidades de criar, soltar, sua
imaginação e fazer do seu dia a dia uma novidade constante, onde não haverá
o desânimo.
Estes e outras brincadeiras estão na
apostila de jogos ao ar livre.
OUTROS JOGOS QUE SÃO IMPORTANTES
·
O JOGO DO
BINGO: O importante no jogo do bingo
é a colaboração que se dá entre alunos de diferentes níveis de conceitualização
da leitura e da escrita.
·
O JOGO DO
MICO: Não existe uma constante em relação às cartas. Para todas as cartas
há possibilidades de futuros pares, apenas MICO é a carta que tem uma relação definitiva no jogo.
Ex: Singular/plural; masculino/feminino; palavra/desenho; nome dos alunos
etc...
·
O JOGO DO
DOMINÓ: É um excelente meio de ajudar a criança no seu processo de
alfabetização, uma vez que, neste jogo, é necessário estabelecer
correspondência entre uma e outra palavra, um e outro nome.
·
ESQUEMA
CORPORAL Trabalhar apostila anexa.
·
PERCEPÇÃO
VISUAL e AUDITIVA, LATERALIDADE
Esta série de exercícios
pretende mostrar a criança que em geral ela se utiliza do seu lado esquerdo e
direito simultaneamente mas que o lado não dominante ajuda o trabalho do
dominante.
·
Correr ara o lado direito. Agora o esquerdo;
Pular com o pé direito/ esquerdo
·
Colocar a mão direita no pé esquerdo;
·
Novos caminhos:
Dê 3 passos para a direita, 1 passo para a esquerda, 2 passos para cima,
2 passos para baixo, 6 passos para a
direita, 1 passo para cima, 1 passo para direita, 3 passos para baixo, 8 passos
para a esquerda, 4 passos para baixo.
·
Idem batendo palmas, em todos os passos,
·
Idem saltitando e batendo palmas;
·
GINÁTICA
CANTADA: cabeça, ombro joelho e pé; fita xuxa);
·
ATENÇÃO
AUDITIVA: Se és feliz canta ritmado;
·
TRABALHAR
COM QUEBRA –CABEÇA: graduar as dificuldades;
·
DRAMATIZAÇÃO;
FANTOCHES
·
PERCEPÇÃO
AUDITIVA: Excursões para observar
ruídos da natureza; Distinguir pelo ruído os vários tipos de sons, objetos
caindo, molho de chaves bater palmas, rasgar papel, amassar papel, imitar sons
de animais
·
SONS DE
PALAVRAS: Ouvir versos dito pelo
professor e bater palmas quando rimar.
Passarinho, passarinho
Onde fizeste o teu ninho?
Na laranjeira mais alta.
Lá na beira do caminho.
*Distinguir dentre várias palavras ouvidas a
que começa à igual que foi dita primeiro;
* Ouvir
quadras e completá-las com palavras omitida
“ Lá vai a minha barquinha carregadinha de ______________________.
“Senhor caçador não vá se enganar, preste
bem atenção quando o gato miar. Mia o
gato...” Adivinhe quem é??????
*EXERCÍCIOS GRÁFICOS DE DISCRIMINAÇÃO
AUDITIVA e VISUAL FINAL e INICIAL
·
Paradigmas
e pareamentos de sílabas.
Ex::
ca valo toma te
Ca
pela lei te
Ca ma
gile te
Inicial
final.
Estes exemplos foram realizados
com o objetivo de destacar a importância das percepções para o ensino –
aprendizagem da criança. Procuramos destacar a percepção visual e auditiva
destacadas também e enriquecidas nas aulas de Educação Física que trazem
exercícios de lateralidade e Psicomotricidade.
TRAREMOS AGORA O ENSINO DE ORTOGRAFIA E
ALGUMAS SUGESTÕES e TÉCNICAS PARA QUE REALIZEM UM TRABALHO MAIS EFICIENTE NESTA
ÁREA.
ROTEIRO DE
ATIVIDADES --
Troca
de letras;;
TODA- (DOTA)
BATATA - (DATATA) FIVELA –(VIVELA)
DISTORÇÃO: chave
- jave
OMISSÃO:
laranja - laanja
SUBSTITUIÇÃO:
faca - vaca.
Ch/j
- f/v -
d/t - r/intercalado
1-
DISCRIMINAÇÃO VISUAL
a)- Inventar estória com a
palavra – chave das sílabas ou letras trabalhadas;
b) – Escrever uma lista de
palavras com a sílaba em destaque. Pedir que o aluno grife, circule apague, leia
e escreva 2 vezes no caderno;
C)_ Confeccionar cartazes com as sílabas
estudadas e palavras recortadas de jornais e revistas;
2-DISCRIMINAÇÃO
AUDITIVA
a)- Letra salientar bem se é linguoodental ou
bilabial sempre mostrar para o aluno
quais são pronunciadas usando os dentes ou os lábios. Ressaltar que estas
letras apresentam um som semelhante , mas que precisam prestar atenção na hora
de escrever;
b)- Jogos orais
- Localização da sílaba (começo,
meio fim)
c)- gestos
corporais ( palmas, pé, bater mãos assobiar) etc...
3-Vocabulário
de classe:
a)- Jogos com
sílabas - Quem
formou mais palavras com estas sílabas
- meninos ou meninas.
b)- palavras por filas
c)- Registre
–as na lousa
Elabore
pequenas frases separação de
sílabas - Aumentativo/diminutivo -
Plural
4-TRAÇADO NO CHÃO -
Caminhar
sobre a letra.
Traçado com barbante - com a
mão dedo caligrafia;
5
- TREINO NO CADERNO
A)-
Separar b)-
Ordenar c)- cópia
colorida d)- ditado mudo
e)- Ditado espelhado -dobra uma
folha ao meio ditar as palavras num
lado da folha ( Comparação ao corrigir do outro lado da folha); f)- Frases e ilustração das frases;
6-
Conversar sobre o texto e
trá-lo para nossa vivência
7- Leitura da ilustração do texto características – ações – espaço (imaginar possíveis variantes)
No próximo estudo traremos um conjunto de palavras e seu grupo de dificuldades de acordo com as fases I II
III IV
EDUCADOR!
ESTEJA ATENTO!!
“QUANTO MAIS CEDO O EDUCANDO RECEBER
AJUDA, MELHOR, PARA QUE A DIFICULDADE DE ORDEM EMOCIONAL NÃO SE INSTALE e
INTERFIRA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO.
Psicolinguista Argentina, doutorou-se pela Universidade de Genebra, orientada por Jean
Piaget. Inovou ao utilizar a teoria do mestre para investigar um campo que
não tinha sido objeto de estudo piagetiano. Aos 62 anos, é pesquisadora do
Instituto Politécnico Nacional, no México.
O que
ficou
As crianças chegam à escola sabendo várias coisas sobre a língua. É preciso avaliá-las para determinar estratégias para sua alfabetização.
Um
alerta
Apesar de a criança construir seu próprio conhecimento, no que se refere à alfabetização, cabe a você, professor, organizar atividades que favoreçam a reflexão sobre a escrita.
Processo
da leitura e da escrita
Diagnosticar
quanto os alunos já sabem antes de iniciar o processo de alfabetização é um
preceito básico do livro Psicogênese da Língua Escrita, que Emilia escreveu
com Ana Teberosky em 1979. A obra, um marco na área, mostra que as crianças
não chegam à escolas vazias, sem saber nada sobre a língua. De acordo com a teoria,
toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada:
Pré-silábica:
não
consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;
Silábica:
interpreta
a letra à sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada letra;
Silábico-alfabética:
mistura
a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas;
Alfabética:
domina,
enfim, o valor das letras e sílabas.
O fácil
e o difícil - Para
melhor exemplificar sua proposta de mudança conceitual da prática pedagógica,
Emilia lembrou como a escola tradicional concebe a língua escrita: “Na escola
tradicional, o sujeito que aprende praticamente desaparece, porque o reduzem
a um conjunto de habilidades. Habilidades perceptivas, motrizes,
perceptiva-motriz, de discriminação perceptiva, auditiva e visual. É a cópia
de um modelo dado, uma cópia na qual é proibida qualquer distorção. O objeto
da língua escrita se apresenta de tal maneira que a criança o percebe como
algo imutável, que deve ser apenas recebido, nunca transformado. Por isso é
que se exige da criança uma atitude de respeito cego. A lição tradicional é
dada elemento por elemento, supondo que a soma linear dos elementos leve à
totalidade. Assim se avança, letra por letra, sílaba por sílaba, palavra por
palavra, imaginando-se que basta juntar mais letras, sílabas ou palavras às
precedentes. Nesta concepção, o fácil e o difícil são "determinados” de
fora: o que ao adulto já alfabetizado parece fácil ou difícil, sem suspeitar
sequer que a definição de fácil e difícil também pode ser dada pela criança.
E nem sempre o que parece fácil ao sujeito já alfabetizado é fácil para quem
não está alfabetizado. Todos nós tivemos esta visão alguma vez, mas já não
somos capazes de recuperá-la".
Cruzada - Com base em suas pesquisas e
nas contribuições de investigadores de várias partes do mundo, Emilia
Ferreiro conclamou os educadores da América Latina a se integrarem numa
cruzada pela mudança desta visão de alfabetização: "É possível fazer uma
mudança muito profunda, uma mudança que é uma revolução conceitual. Não se
trata de acrescentar novas atividades, novos livros ou novas propostas às
velhas, mas sim de uma mudança total na concepção do objetivo da
aprendizagem, do processo da aprendizagem, do sujeito que aprende e,
forçosamente, também do professor".
Preocupação
-
Preocupada com o impacto de suas idéias na ação dos alfabetizadores
habituados com métodos tradicionais, Emilia Ferreiro esclareceu: "Não se
trata, de modo algum, de dizer que as crianças se alfabetizam sozinhas.
Trata-se, isto sim, de compreender o processo que elas estão vivendo, a cada
momento, para poder intervir mais eficazmente, ajudando para que o diálogo
entre professor e aluno não seja destruído. A partir do conhecimento de uma
série de fatos que estão vinculados à evolução psicológica, é preciso pensar
em outros termos na intervenção pedagógica e em todas as coisas que estão em
redor desta intervenção".
Processo
Evolutivo - Entre
as intervenções pedagógicas que devem ser reavaliadas, Emilia Ferreiro citou
o uso de cartilhas, os modos de avaliação e promoção de alunos e,
especialmente, os testes de prontidão e provas de avaliação posteriores. Para
ela, o importante é compreender o desenvolvimento das idéias da criança sobre
a escrita como um processo evolutivo: "Na lição tradicional, a criança
sabe ou não sabe, pode ou não pode, se equivoca ou acerta. Isto torna muito
difícil compreender que a criança está apresentando uma evolução e que certas
coisas são normais dentro da evolução, ainda que ela cometa erros em relação
à escrita adulta. O professor deve sempre interpretar a produção gráfica das
crianças de maneira positiva".
Fundamentos
- Para
fundamentar o que dizia, Emilia Ferreiro expôs, durante o encontro com os
professores, desenhos e garatujas infantis, aparentemente sem grande
significado. E explicou: "Quando uma professora aprende a interpretar
estas produções, aprende também a respeitar este produtor. Aprende a
respeitar esta criança que lhe está mostrando, através destas produções, os
esforços que está fazendo para compreender o sistema alfabético da escrita. E
que, na verdade, não tem nada de simples, nem de evidente".
Pouco
tempo - O
caminho da alfabetização, segundo Emilia Ferreiro, passa necessariamente por
etapas em que a criança constrói o seu conhecimento, independentemente da
camada social a que pertença. As etapas são iguais, podendo variar apenas de
acordo com a idade da criança, nunca de sua condição social. "As
crianças que estão crescendo em ambiente onde a língua escrita existe - onde
se lê e se escreve não apenas como atos muito especiais, mas como parte da
vida diária -, onde são estimuladas a manusear livros, onde se permite a elas
escrever e desenhar. Estas crianças adquirem muitas informações sobre a
língua escrita. Geralmente faz por conta própria uma boa parte do caminho da
alfabetização. Se, ao contrário, a criança não tem contato com a língua
escrita, se em redor dela não há pessoas que possam ler e escrever, é muito
difícil que chegue à escola sabendo o que quer dizer LER e entendendo
o que quer dizer ESCREVER”.
Recomendação
- Uma das
principais recomendações de Emilia Ferreiro aos alfabetizadores é que nunca
desprezem a bagagem de conhecimentos sobre a escrita que a maioria das
crianças leva para a escola: "O que sabemos é que nenhuma criança urbana
chega totalmente ignorante à escola primária. Nós, adultos, é que temos a
tendência bem marcada de confundir os saberes diferentes dos nossos alunos
pobres com ignorância. Por isso, os discriminamos e rechaçamos. Sabemos
também que a possibilidade de uma criança conseguir alfabetizar-se em um ano
escolar, que é muito pouco tempo, depende do seu nível de contextualização.
Como a escola não faz avaliações do nível inicial, não se dá conta de que
algumas crianças chegam sabendo mais do que outras. E quando digo avaliação
não estou pensando em prova específica, mas simplesmente em atividades que
permitam ao professor ver o que a criança pode fazer".
Proposta
- A
proposta de Emilia é que os professores, sem qualquer prova inicial de
avaliação, criem espaços para que as crianças possam produzir e lhes mostrar
o que compreendem sobre a escrita: "Uma das coisas mais reprimidas na
escola tradicional tem sido a escrita. Uma das coisas mais proibidas é a
escrita espontânea. A escola fala em texto livre, mas proíbe textos livres
como representação da escrita da melhor maneira que o sujeito é capaz de
conseguir em cada momento de sua evolução".
Descobertas - O estímulo aos estereótipos
não se limita ao início da vida escolar, como afirmou Emilia Ferreiro:
"Tampouco se permite às crianças produzirem textos livres quando já
sabem reproduzir convencionalmente as palavras, porque aí começa a funcionar
o estereótipo sobre o que é uma produção aceitável, como também começa a
funcionar este enorme medo ante o erro ortográfico". As descobertas
sobre a evolução indicam que as crianças vão resolvendo seus problemas numa
ordem muito específica: "O primeiro problema que resolvem é a distinção
entre o que é desenho e o que é escrita. O segundo é a descoberta de que não
é suficiente escrever letras para que algo possa ser lido. Até crianças de 4
ou 5 anos dizem que não há nada escrito quando a mesma letra se repete muito.
O problema seguinte que resolvem é como fazer para criar representações
diferentes para unidades lingüísticas diferentes. Depois, resolvem a
correspondência entre pedaços de linguagem e entre pedaços de escritas. Em
seguida, descobrem os princípios fundamentais de um sistema alfabético de
escrita: atenção preferencial às diferenças sonoras. Nesse momento, ela deixa
de lado as diferenças de significado, reconhecendo que quando há semelhanças
sonoras deve-se pôr as mesmas letras e quando há diferenças deve-se pôr
diferentes letras. O problema ortográfico vem depois", detalhou a
pesquisadora.
Livre
expressão - Em
sua conferência, Emilia Ferreiro lembrou ainda que a escrita é importante na
escola porque é importante fora dela, e não o inverso. E que a correção ortográfica
deve ser feita com o maior cuidado: "Uma das coisas que sabemos hoje em
dia com a maior clareza é que a correção ortográfica fora de tempo pode
inibir a língua escrita. Eu não estou dizendo que a escola deva ignorar o
erro ortográfico, apenas que deve saber qual o momento certo para fazê-lo,
sem criar inibições. Porque eu me nego a chamar de alfabetizada uma criança
que produz apenas estereótipos, ainda que seu texto não tenha erros
ortográficos".
Proposta
Pedagógica - Ela
destacou, então, a proposta pedagógica do tipo construtivista como
capaz de proporcionar às crianças que se expressem livremente, com
criatividade, mesmo quando o texto produzido apresenta muitos erros de
ortografia. "A correção sobre a ortografia não se deve confundir com a avaliação
da língua escrita que está por trás", alertou Emilia, concluindo:
"Temos que alfabetizar para dar ao homem do povo sua palavra, para que
ele possa escrevê-la, para ajudá-lo a não destruir seu discurso em troca de
um discurso escolar estereotipado. Também para que escreva de maneira
ortograficamente correta, mas que esta ortografia não limite, não destrua,
nem mate a língua escrita que ele pode produzir".
(transcrito da revista Nova Escola)
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intenção exclusiva de ajuda aos professores.
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